19 de jul. de 2009

Thais Paraguassú



1ª Porta Bandeira da Escola de Samba Acadêmicos do Tucuruvi desde 2002

"Sempre quis ser porta bandeira, e como tal, ficava no quintal de casa dançando com um cabo de vassoura. Minha família sempre foi de Escola de Samba, e desde pequena eu frequentava a Unidos do Peruche. Como não tinha nenhum dançarino na família, todos achavam que era um absurdo eu querer ostentar um Pavilhão, já que nunca havia tido nenhum contato com a dança. Eu sempre dançava no quintal de casa, girando pra cima e pra baixo. Desfilava em alas ou em carros alegóricos, mas o desejo de ser uma porta bandeira estava ali. Cresci vendo Lídia e Moreno dançando juntos (e era um espetáculo). No carnaval de 2000 minha tia Rosiane Paraguassú era Presidente da Unidos do Peruche e meu tio, Rogério, era diretor de harmonia. Por ironia do destino a segunda porta bandeira pediu demissão, aí, minha avó (Dona Nena) perguntou se eu poderia dançar. Meu tio respondeu: - Com tantas pernas de pau que tem por aí, mais uma não vai fazer a diferença..... E acho que esta frase foi o que fez diferença na minha carreira de porta bandeira... Ficou a cargo do Naldinho, mestre sala na época, escolher quem assumiria o Pavilhão com ele. Nós fizemos um teste e ele quis dançar comigo. Na época eu não me importava em ser 2ª, 3ª ou 10ª, eu queria dançar... Em 2000 foi minha estréia na avenida ostentando o Pavilhão de Enredo da Unidos do Peruche. Após o desfile, por diversos motivos, me desliguei da escola e achava que nunca mais ostentaria outro Pavilhão... Em Novembro de 2000, o finado Adelmo, foi até a minha casa e me convidou para ser 2ª porta bandeira da Imperador do Ipiranga, claro que aceitei na hora. Foi uma experiência maravilhosa, pois dancei com um mestre sala carioca: Paulo César, que me transformou na porta bandeira que sou hoje, em dança, vestimenta, postura e personalidade. Logo após o desfile de 2001, no dia 29/03/2001 fui convidada para ser a 1ª porta bandeira da Acadêmicos do Tucuruvi, aí touxe novamente o Naldinho para ser meu par. Durante 1 ano tivemos que provar porque estávamos lá, ostentando o símbolo da Tucuruvi, e com o incentivo de todos da AMESPBEESP e principalmente da Gilsa e Ednei, conseguimos trazer a nota máxima para a escola. Estou na Acadêmicos do Tucuruvi há 9 anos e sou instrutora da AMESPBEESP há 2 anos, atualmente danço com o Robinson".

Ednei Pedro Mariano, Mestre Ednei



Começou no samba, na epoca vai vai cordão em 1968, em 1971,quando a vai vai, vira escola de samba, se torna o primeiro passista masculino da escola e funda a lendaria, ala samba show cuica de ouro, em 1974 participa da fundação da barroca zona sul e em 1976, se torna o mestre sala oficial pelas mãos do baluarte pé rachado,fica no cargo até 1985,dançando com a beth, neste ano vai para a rosas com sua parceira gilsa, com quem ja dançava desde 1982, na tucuruvi(nésta época a escola era do segundo grupo)fica 1 ano no rosas e volta para a escola em 1995 onde ficaria como primeiro mestre sala até 2001, voltando em 2005 como mestre sala de honra, em 1995, funda a amespbeesp, e assume a presidencia do conselho, onde esta até o dia de hoje, é instrutor de jurados da uesp, quesitos mestre sala prta bandeira e comissão de frente,faz laboratorios de dança com casais que defendem notas, em diversos grupos de sampa de escolas do interior.
CAMINHOS DO MESTRE EDNEI, COMO MESTRE SALA
1976 a 1985,primeiro da barroca zona sul, parceira beth
1982 a 1987 primeiro academicos do tucuruvi,parceira gilsa
l985 a 1986,convidado rosas de ouro,parceira gilsa
1986,primeiro, renacensa da lapa, parceira gilsa
1986 a 1988,primeiro, primeira da aclimação, parceira sueli
1992 a 1995,de honra, vai vai, parceira cleuza
l995 a 2001, primeiro rosas de ouro, parceira gilsa
2002 a 2005,primeiro, são lucas, parceira suzana
2005 a 2008,de honra,rosas de ouro, parceira gilsa
PREMIOS
1980,melhor mestre sala,grupo 1 (atual grupo especial) barroca zona sul
1982,melhor mestre sala,grupo 1 (atual grupo especial) barroca zona sul
1983, melhor mestre sala,grupo 2 (atual grupo de acesso) acad. do tucuruvi
2004,melhor mestre sala,grupo de acesso,(premio sasp) são lucas
LABORATORIO COM CASAIS PARA CARNAVAL 2009
bozó & gi, gaviões da fiel
renatinho & fabiola, império de casa verde
diego & virginia, morro da casa verde
claudinho & luana,academicos do tatuapé
ronaldo & leila,itaquaquecetuba
thiago & daniela,unidos do vale encantado
alex & katia,unidos de vila nogueira-diadema
erick & katia,mocidade inamar-diadema
COMO ENREDISTA E CARNAVALESCO
1980,uma hora da amazonia, barroca zona sul,6* colocada
1982,a arte do futebol, brasileiro, através dos tempos, barroca sul,6* colocada
1989,um sol para a america do sul,barroca zona sul,8* colocada
1984,caravalesco da academicos do tucuruvi
1994 a 1998, carnavalesco da morro da casa verde
1998 a 2002, carnavalesco da raposa, diadema
2003 a 2004,carnavalesco da união do povo, jundiai
2006 & 2010, carnavalesco da caprichosos de jundiai
2005 & 2006, carnavalesco da marujos, jundiai
2008, carnavalesco da morro da casa verde

Gabriel de Souza Martins - Gabi

Em 1981, iniciou sua carreira sambística, na escola Barroca da Zona Sul, onde foi compositor e ganhador do samba enredo Imigração Japonesa, em 1983.
Desfilou como Mestre-Sala da Barroca de 1983 a 1985 Alice, de 1986 a 1989 Bethe.

Desde 1987 participa do corpo de jurados da FESEC, foi presidente do Conselho Fiscal de 1990 a 1993. Em 1991, foi convidado para desfilar como 1º Mestre-Sala do Camsa Verde, exercendo com elegânica amor e dedicação a perfeita função de um Mestre-Sala, guardião do pavilhão de sua escola. No Camisa, também foi eleito Presidente da ala dos compositores por 2 anos 1993/1994. Fez a abertura do Carnaval Oficial do Rio de Janeiro, representando todas as escolas de samba de SP, de 1993 a 1995. No ano de 1993, foi batizado pelo Projeto de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do Rio de Janeiro, como: Gabi Maravilha!

No RJ participou da vários encontros;

Encontro Nacional do Samba
1º Encontro Mestres-Salas, Porta-Bandeiras e Porta Estandartes
Posse da Diretoria das Escolas Mirins do RJ
Em tempo: Desfilou como M/S de 83 a 85 com a P/B Alice (Império Serrano)
Desfilou como M/S de 86 a 89 com a P/B Bete (Barroca)
1991/1999 - Missão cumprida com louvor.
Neste Mesmo ano 1993, foi eleito Vice-Presidente do Conselho Cnsultivo da FESEC até 1997.
Em 1995, participou do juri do Concurso de Rei Momo e Rainha do Carnaval de SP.
Em 1996, participou do juri do Concurso de Rei Momo e Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro.
Desde 1995, começou a ministrar cursos para jurados na FESEC, UESP e Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
Foi agraciado com o título de Embaixador do Samba em 1996, pela UESP.
Em 1997, foi eleito Vice-Presidente do Conselho Fiscal até o ano 2000.
No ano de 95, fundou a AMESPBESP, desde então ocupa o cargo de Presidente dessa Associação de Mestre-Salas, Porta-Bandeiras e Porta Estandartes do Estado de SP.

Na AMESPBESP, ministra cursos desde 1997.
Além e todas essas atividades, é jurado da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, julgando os quesitos de M/S e P/B, Letra do Samba e Comissão de Frente.

Títulos e Prêmios
1998 - Sambista de Ouro Melhor Mestre-Sala (FESEC)
1992 - Honra ao Mérito (Velha-Guarda do Camisa)
1993 - Estandarte de Ouro Melhor Mestre-Sala (Rádio Globo)
1993 - Troféu Gabi Maravilha (Rio de Janeiro)
1994 - Sambista de Ouro Melhor Mestre-Sala (FESEC)
1995 - Troféu Negro de Valor (Axé Raça Negra)
1997 - Sambista de Ouro Melhor Mestre-Sala (FESEC)
1997 - Trevo Querido (Camisa Verde)
1998 - Melhor do Carnaval ( Ofericido pela Nenê de Vila Matilde)
1998 - Troféu Canário de Ouro
1999 - Foi eleito por jurados, através da Folha de São Paulo, o Melhor Mestre-Sala do Século!
2001 - Título de Imortal ( Camisa Verde)

HISTORIA DA AMESPBEESP

Aqui está o resumo historico da nossa associação, tudo começou na apoteose do carnaval de 1995, quando o mestre Ednei, ficou em casa, mas na escuta dos desfiles pela radio gazeta comandada pelos jornalistas Evaristo de Carvalho e Jos Carlos Alvarenga.Em dado momento entrevistava o mestre Gabi, que falava da dificuldade de dança dos mestres salas, na época, inventando muito e se perdendo, deixando a rica tradição da nossa dança para o lado,ai o mestre Ednei entrou no ar via telefone, formando uma grande roda de debate, ai no final os jornalistas sugeriram aos dois mestres, a fundação de uma entidade para dar cursos e preservar a tradição desta rica dança, naquele momento nacia o embrião, daquela que seria referencia em termos de dança para todos os casais de sampa, em junho do 1995, seria fundada a nossa associação que teve o apio do mestre Manoel Dioniso, do projeto de mestre sala e porta bandeira do rio de janeiro.
Muitos mestres sala e porta bandeiras, participaram da fundação e pessoas ligadas ao samba, como Maria Auxiliadora Cazita(Nena) que cedeu sua casa para as primeiras reuniões, Tereza Santos, na época, responsavel pelo departamento de cultura afro do estado de sao paulo,Arnaldo e Vera Lucia guedes,Selminha Trindade, o presidente Eduardo Basilio, da rosas de ouro que financiou nosso primeiro pavilhão, o artista plastico e carnavalesco Raul Diniz, que desenhou nossa logomarca, o então presidente da uesp, Robson de Oliveira, a presidente Magali dos Santos, Raimundo Mercadoria, na época diretor de carnaval do anhembi, responsavel pelo nosso primeiro barracão camarim, na concentração para os casais se trocarem éstas pessoas foram muito importantes para os primeiros passos da nossa associação.

14 de jun. de 2009

O Pavilhão o que é?


Pavilhão (ou popularmente conhecido como Bandeira) é o símbolo máximo de uma agremiação carnavalesca, pois é a representação física e palpável, da instituição, e como tal tem suas honras e reverências particulares, devendo sempre ser saudado pelos que o portam e aos que ele é dirigido (a quebra de tal protocolo é considerado falta de respeito, pelo pavilhão e pela escola de samba).
Os casais de mestres-sala e porta-bandeiras, são considerados os imperadores de uma quadra, devido tal honra e reponsabilidade, nunca se curvam e tambem não sambam, sua dança constitui num bailado próprio.
Um pavilhão possuí suas particularidades, é nele que contêm as cores, o nome e a data de fundação, que na verdade em São Paulo, só está contido no pavilhão oficial, ou seja o que pertence ao 1º casal, nota: o jurado indentifica o casal a ser julgado, por estas informações contidas no pavilhão, se houver a placa "1º casal" e o mesmo perceber que não há estas informações, ele certamente descontará, consideráveis pontos.
E os outros casais?
O Pavilhão dos demais, seguem uma ordem, o 2º casal, levará sempre o enredo do ano, ou seja o "tema", a falta deste pavilhão nas escolas do grupo especial, acarreta perca de 10 pontos. aí fica a critério da agremiação, deixar apenas os dois casais ou colocar mais. Se houver mais, os seus pavilhões, poderão, tanto ser uma derivação do tema ou do pavilhão oficial (com as cores e símbolos, mas sem data!).
Segundo o Presidente da AMESPBEESP (associação de mestre-salas e portas bandeiras e estardartes do estado de São Paulo) o Mestre "Gabi", o pavilhão é uma derivação do antigo estandarte, de blocos carnavalescos.
Com a evolução, dos tempos e o surgimento das escolas de sambas, o estandarte sofreu alteração devido a inserção do personagem "mestre-sala". Antigamente, quando os blocos se encontravam, o objetivo era "tomar" o estandarte da outra agremiação, e devolvê-lo somente no ano seguinte. Então, houve a necessidade de colocar um homem, andando ao lado da porta-estardarte para protegê-la, por que quando isso ocorria era uma verdadeira briga. Este homem com o tempo começou a dançar apenas de brincadeira e depois sendo inserido na dança.
Como o estandarte é uma flâmula na vertical (ou seja em pé) ele não tinha como alcançá-la, então a reformulação do estandarte, foi quase que uma necessidade, posteriormente virando uma Bandeira.
Hoje, o pavilhão tem medidas oficiais (1,20 x 0,90) mas não é uma regra obrigatória. Escolas de grupos menores, devido a carência de valores e até de pessoas, têm por obrigação portar apenas um único pavilhão, o oficial.

Para entender essa nobre Arte


O casal de Mestre-sala e Porta Bandeira e um pouco de sua história...

A história dos casais de mestre-sala e porta-bandeira é até um tanto curiosa, na época dos Barões de Café, em suas fazendas era realizado o entrudo (carnaval típico, vindo de portugal), como este era tipicamente europeu, a dança era completamente clássica, grandes bailes, com fantasias de época, como pierrôs, alerquins, reis, rainhas e por ai vai...
Toda a "casa grande" (nome dado a casa sede da fazenda), tinha um casal de escravos, que acompanhavam toda essa movimentação da festa "dos brancos", claro sem participarem, ficavam observando como eles se comportavam.
Uma vez por semana voltavam à senzala, e como era carnaval, "negro" tambem tinha sua manifestação cultural, com tambores e atabaques... Enquanto o resto dos negros sambavam, este casal por sua vez, ficavam imitando (por chacota) os barões e baronesas, dançando o minueto francês e mostrando como era o comportamento na casa grande.
Com a evolução dos tempos, o entrudo virou cordão, que posteriormente viraria escola de samba, exemplos: Camisa-verde e Vai- Vai.
Como a figura do estandarte, sempre houve desde a criação do entrudo, mas era carregado por homens, passou-se as mulheres esta função, recordando as épocas mais antigas resolveram inserir o mestre-sala, para defender o pavilhão, pois dançando poderia impedir que outros tomassem seu estandarte. uma nota: o mestre-sala dançava, portando nas mãos três instrumentos: lenço, bastão ou leque. (e há o caso da espada, mas muito raro de ser visto)
esses três instrumentos na verdade eram armas disfarçadas, no lenço, havia um canivete ou faquinha, o bastão era pra bater em alguem, e o leque tinha sua lateral afiada ou uma navalha presa, pra caso se alguem esconstasse na porta-estandarte não pudesse tomar o simbolo máximo de sua entidade.
Ainda hoje, dança-se com tais instrumentos porem não há mais armas.

O casal, são os "imperadores" de uma quadra (pode-se notar que o carnaval em si é uma côrte, com reis momo, rainhas e etc.) os mesmos tinham e têm de dançar de forma diferente dos demais, é um bailado, com suas origem no minueto.
A dança consiste, no casal apresentarem o seu pavilhão com elegância, sincronia e sorriso e os dois dançarem em sentido horário e anti-horário, nunca se chocando, escostando o joelho no chão, "parando" um de costas pro outro e pasmem... sem se falarem ! o tempo todo sorrindo ou apenas cantando o samba da escola. se o jurado perceber que o casal está falando, perde ponto!

Hoje, em São Paulo existe a AMESPBEESP, (associação de mestre-salas e porta-badeiras e estandartes do estado de São Paulo). presidida pelo Mestre "Gabi", (embaixador do samba paulistado e mestre-sala eterno do camisa-verde e braco, único com este título)
Esta Instituição é itinerante, e a cada ano está em uma escola de samba diferente, dando assim seqüência a mais nobre arte do mundo do samba, o qual singelamente são entitulados por...
...“cisnes da passarela”.
Fonte: http://vilamarianews.blogspot.com/